"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Egito - Cairo - Khan El Khalili

Se voce quer comprar a lampada do Aladim, va' ao Khan El Khalili. La' voce vai encontra-la no meio de varias outras quinquilharias arabes como Narguiles de todos tamanhos e cores, tapetes, roupas de danca do ventre, veus mulcumanos, lencos, brincos, piramides em miniatura e muito, mas muito mesmo, mais.
E' uma confusao sem fim, vendinhas misturadas com 2 mesquitas grandes e o museu da tecelagem, onde nem entramos de tao cansados que estavamos de tanto andar.

Depois de tudo isso voce pode comer um deliciosa panqueca arabe e finalizar com um cafezinho especial.

Egito - Cairo

O Cairo e' simplesmente uma bagunca, e das bravas. Primeiro porque e' enorme, tem 20 milhoes de habitantes (para se ter uma nocao e' so' juntar a populacao da cidade de Sao Paulo com a de Curitiba), o transito e' caotico e nao existem leis. Mas e' fantastico!!!
Tem predios lindissimos, mas muito mal conservados, e tem o Nilo. Ah! O Nilo e' lindo, com sus felucas navegantes e restaurantes iluminados as margens.
E' dificil se entender nesta confusao, atravessar a rua e' um desafio, os numeros sao todos em arabe e poucos falam ingles. Esta sendo muito divertido passear aqui, o Julio ja aprendeu os numeros em arabe (eu so lembro de alguns) e para ajudar temos uma excelente guia aqui. A Paula, amiga de faculdade da minha prima Marina, que esta morando nesta balburdia ha 4 meses e ja esta comecando a se entender. Alem das dicas, elas nos levou a um pub, ontem a noite, e nos apresentou um monte de gente, incluindo a Priscila, que tambem e' brasileira.
As noites no Cairo sao muito divertidas, pois os egipcios nao dormem. Imagina, quase meia noite e o mercadinho de frutas esta aberto, tem criancas brincando. Um egipcio nos contou que desde pequeno so dorme 4 horas por noite, e' costume local.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Saimos no Jornal !!!!

Quem deu a dica foi a Waldete la' de Jau, que tem acompanhado a gente desde o comeco da viagem.....
Valeu, Waldete!



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Egito - "Eram os Deuses astronautas?" - Parte III

Independência

Em 1922, o Reino Unido concedeu a independência ao Egito e Ahmad Fuad tornou-se rei com o título de Fuad I. Esta independência era simplesmente nominal, uma vez que o governo britânico se reservava ao direito de interferir nos assuntos internos do Egito se os seus interesses fossem postos em causa. Em 1923, foi promulgada a constituicao do país, que estabelecia uma monarquia constitucional como sistema político vigente. As primeiras eleições para o parlamento tiveram lugar em 1924 e em uma delas saiu vitorioso o partido Wafd, cujo líder, Saad Zaghlu l, tornou-se primeiro-ministro.

O Wafd tinha o desejo de libertar completamente o Egito do poder britânico. Em Novembro de 1924, o comandante do exército britânico no Egito foi assassinado e a polícia descobriu ligações entre a morte do comandante e militantes do Wafd. Em consequência, o primeiro-ministro Zaghlul demitiu-se.

As eleições que tiveram lugar logo após esta crise dariam de novo a vitória ao Wafd. O rei Fuad, que temia este partido, ordenou o encerramento do parlamento e, em 1930, apoiado em políticos que eram contra Wafd, impõe uma nova constituição ao Egito, que reforçava o poder da monarquia.

Com a morte de Fuad, em 1936, o seu filho, Faruk I, decide recuperar a constituição de 1923. Novas eleições deram a vitória ao Wafd, que formou um novo governo. No mesmo ano, o Egito e a Inglaterra assinaram um tratado onde os termos levaram a uma redução do número de militares ingleses no país e confirmaram uma aliança militar entre as duas nações. Este tratado permitiu ao Egito, a entrada na Liga das Nacoes.

A Segunda Gerra Mundial fez com que a Inglaterra aumentasse a sua presença militar no Canal de Suez. Embora o país se tenha declarado neutro, muitos líderes nacionalistas egípcios desejavam uma vitória das potências do Eixo. Eles acreditavam que isso livraria o país da presença inglesa. Em 1942, perante a ofensiva militar da Alemanha sobre a Libia, o embaixador britânico no Egito pressionou o rei Faruk a nomear um governo do partido Wafd, já que esta força política tinha assinado o tratado de 1936, dando uma maior segurança à Inglaterra quanto à posição do Egito no conflito. Nahas Paxá tornou-se primeiro-ministro e colaborou com os Aliados até ao fim da guerra. Mas o prestígio do Wafd no movimento nacionalista viu-se afetado e o partido perdeu muitos líderes. Em uma tentativa de melhor a sua imagem perante a opinião pública, o partido ordenou reformas na educação e promoveu a formação da Liga Arabe (1945).

Em 1948 o Egito e outros países árabes tentaram sem sucesso impedir o estabelecimento do estado de Israel na região histórica da Palestina .

A era de Nasser (1952-1970)

Na noite de 22 para 23 de Julho de 1952 deu-se um golpe de estado organizado por uma facção do exército conhecida como os "Oficiais Livres", cujo chefe era o general Gamal Abdel Nasser. O rei Faruk foi obrigado a abdicar e, como presidente do Conselho, foi escolhido o general Muhammad Naguib, que, não sendo membro dos Movimento dos Oficiais Livres , foi escolhido devido à sua popularidade. Em Dezembro do mesmo ano foi abolida a constituição monárquica e em janeiro do ano seguinte todos os partidos políticos foram proibidos. Naguib ascende à posição de primeiro presidente da proclamada República do Egito.

As simpatias que Naguib nutria pelos antigos partidos políticos e pela Irmandade Mulcumana fizeram com que crescesse a oposição à sua pessoa por parte dos "Oficiais Livres". Naguib acabaria por ser afastado da presidência e colocado sob prisão domiciliária, sendo substituído na sua função por Nasser, eleito como presidente em 1956.

Nasser assegurou a retirada dos soldados britânicos do Canal de Suez. A sua política externa ficou marcada pelo recusa do Pacto de Bagdad, uma tentativa britânica em criar uma frente anticomunista no Medio Oriente, na qual se integravam a Turquia, o Iraque , o Ira e o Paquistao contra a Uniao Sovietica.

O ataque de Israel à Faixa de Gaza (então controlada pelo Egito) fez com que Nasser procurasse obter armas junto dos paises comunistas, uma vez que as potências ocidentais se recusavam a fornecê-las. Em Setembro de 1955, o Egito assina um importante acordo sobre fornecimento de armas com a Checoslovaquia .

Nasser decidiu também construir a barragem de Assuao, projeto que se inseria num plano de irrigação e de electrificação do país, procurando assegurar os empréstimos para a construção junto do Reino Unido, do Banco Mundial e dos Estados Unidos. Este país, inicialmente favorável, recusou-se a fornecer o empréstimo, ao qual Nasser respondeu com a nacionalização do Canal de Suez, ato que gerou uma intervenção conjunta da França e do Reino Unido. Israel uniu-se a estes dois países no ataque ao Egito, conseguindo conquistar a Faixa de Gaza e grande parte da Peninsula do Sinai. Uma semana depois, os Estados Unidos e a Uniao Sovietica asseguraram nas Nações Unidas um cessar-fogo que obrigou à retirada dos territórios ocupados e a França e o Reino Unido saíram humilhados do episódio. Em 1958, o governo da União Soviética comprometeu-se a financiar a construção da barragem.

A crise do Suez fortaleceu a imagem de Nasser não só no Egito, mas em todo o mundo árabe. Em 21 de fevereiro de 1958, Nasser ratifica, através de referendo, a união do Egito e da Siria, formando a Republica Arabe Unida, à qual se juntou o Iémen em março do mesmo ano. Esta união foi dissolvida em 1961 devido a uma revolta na Síria.

Durante os anos 60, Nasser desenvolveu uma série de políticas socialistas. Em 1962 foi publicada uma Carta Nacional, na qual se previa a extensão do controle do estado às financas e à industrias. Segundo esta carta, o estado egípcio estaria fundamentado na existência de um unico partido, a Uniao Arabe Socialista .

O período Sadat

Com a morte de Nasser, em 1970, o seu sucessor foi Anwar Sadat , que era vice-presidente. Sadat seguiu uma política de reaproximação à Arábia Saudita, mas sem se afastar da União Soviética. Em 1973, o país liderou a coligação de países árabes na Guerra do Yom Kippur , tendo o país conseguido um relativo sucesso, já que reconquistou a Peninsula do Sinai e conseguiu a reabertura do Canal de Suez. Em situação econômica, Sadat promoveu uma política que se afastava do socialismo de Nasser, incentivando o investimento particular (esta política recebeu o nome de "Intifah", "porta aberta" em árabe).

Devido à crise econômica que o Egito atravessava, Sadat teve que reduzir as despesas militares, orientando o país para uma política de paz. Em 1977, fez uma visita histórica a Israel e em 1978 o presidente assinou os Acordos de Camp David , que levaram à paz com aquela nação. Uma das consequências dos acordos foi uma aproximação do Egito aos Estados Unidos, onde o país se beneficiou com ajuda financeira americana considerável. Porém, esta política de paz com Israel fez com que Sadat fosse odiado pelos vizinhos árabes; o país foi mesmo expulso da Liga Arabe. Em 6 de agosto de 1981, o presidente Sadat foi assassinado por um extremista muculmano.

De Hosni Mubarak aos nossos dias

Sadat foi sucedido pelo general , vice-presidente desde 1975, que continuou a política de paz do seu predecessor. Embora continuasse a aproximação do país aos Estados Unidos, verifica-se também um distanciamento em relação a Israel e uma tentativa de reconciliação com os países árabes. Por volta de 1987 a maioria dos países árabes já tinha restabelecido relações diplomáticas com o Egito, que em 1989 foi readmitido na Liga Árabe.

A partir de 1990 os movimentos fundamentalistas islâmicos iniciaram uma série de ataques terroristas, que tinham como principal alvo os turistas ocidentais, com o objetivo de privar o país de uma das suas principais fontes de divisas. Foram também atingidos intelectuais seculares e a minoria copta . Em 1990 o presidente do parlamento egípcio Rafaat Mahgub é assassinado por fundamentalistas. O estado egípcio responde a estes ataques com detenções maciças, execuções e a declaração do estado de emergência.

Na Guerra do Golfo (1990-1991), o Egito tomou partido da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos que visava expulsar o Iraque do Kuwait. Em 1993 Mubarak foi eleito pela terceira vez presidente do Egito.

Em 1995 Mubarak consegue escapar a um atentado contra a sua vida na Etiopia. Em 1999 é reeleito como presidente para um novo período de seis anos, mediante eleições na qual é o único candidato. O presidente defende a luta contra o desemprego que em finais de 1999 atinge 1,5 milhões de egípcios.

Nas eleições para a Assembleia do Povo em Outubro e Novembro de 2000, consagra-se como vencedor o partido do governo, o NDP.

Em Setembro de 2005 Hosni Mubarak foi reeleito presidente com 88,6% dos votos, numas eleições consideradas históricas pelo fato de terem sido autorizados outros candidatos. A oposição considerou as eleições uma fraude.


Egito - "Eram os Deuses astronautas" - Parte II

O Egito ptolemaico

Em 333 a.C., Alexandre Magno derrotou os Persas na Batalha de Issus, e, no Outono do ano seguinte, ocupou o Egito, onde foi recebido como libertador pelo povo. Antes de partir para novas campanhas militares no oriente, Alexandre fundou na região ocidental do delta do Nilo a cidade de Alexandria, que seria nos séculos seguintes a metropole cultural e economica do Mediterrâneo e capital da dinastia.

Alexandre morreu em 323 a. C., mas sua sucessão não ficou assegurada. Nos anos seguintes os seus generais dividiram entre si o império criado por ele. Um destes generais, Ptolomeu , que já estava instalado como governador do Egito, pegou em 305 a. C. o título de basileus (rei), fundando a dinastia ptolemaica que governou o Egipto até 30 a. C. .

A última representante da dinastia ptolemaica foi a famosa rainha Cleopatra, que tentou recuperar a glória do reino anterior, tornando-se aliada dos romanos Julio Cesar e Marco Antonio. Os seus esforços mostraram-se inúteis, sendo vencida pelas forças romanas de Octaviano na Batalha de Acio.

O Egito romano e bizantino

Após a derrota de Cleopatra, o Egito é agregado ao Imperio Romano como uma província administrada por um prefeito de origem da cavalaria que era diretamente responsável pelo imperador. Augusto decretou o fechamento da entrada de senadores ou de cônsules no território, já que tinha medo que eles tomassem posse do local. O primeiro prefeito que o Egito conheceu foi Caio Cornelio Galo, que acabaria caindo em desgraça.

De acordo com a tradição, o cristianismo teria sido introduzido no Egito por Sao Marcus, mas esta afirmação não é sustentada pelas fontes históricas. No final do século III, o Egito já tinha se cristianizado. Em 325 o Concilio de Niceia institui o Patriarcado de Alexandria, que era o segundo mais importante após o Patriarcado de Roma , exercendo a sua autoridade sobre o Egito e a Líbia. Em 451, o Concilio de Cacedonia condenaria a doutrina do monofisismo (segundo a qual Jesus depois da encarnacao tinha apenas uma natureza, a humana), gerando a dúvida que separou a cristianidade egipicia (adepta do monofisismo) dos outros cristãos da época.

Em 395 o Imperio Romano dividiu-se em duas partes, ficando o Egito inserido no Imperio Romano do Oriente , que mais tarde se chamaria Imperio Bizantino.

O domínio islâmico

A conquista do Egito pelos arabes insere-se no movimento de expansão destas populações que se iniciou após a morte do profeta Muhammad (Maomé). Em 639, Amr ibn al As, lugar-tenente do califa Omar , liderou uma expedição militar ao Egito da qual resultou a expulsão definitiva do poder bizantino por volta de 642.

Amr instalou a capital do Egito em Al Fustat, onde tinha existido uma fortaleza romana chamada Babilónia.

Ao longo dos séculos seguintes a população que habitava o Egito acabaria por se converter ao islão e por adotar como língua o arabe . Para a arabização do Egito contribuiu a instalação no território de tribos oriundas da Peninsula Arabica.

O Egito tornou-se uma província do califado omiada até 750 , ano em que este foi derrubado e substituído pelo califado abássida. Os abassidas transferiram a capital do califado de Damasco para Bagdad, tendo o seu poder entrado em decadência em meados do seculo IX, o que permitiu a ascensão de dinastias locais em vários partes do império.

A dinastia tulúnida e ikhshidid

Em 868, Fustat recebeu como governador do Egito Ahmad ibn Tulum, que inauguraria um período de autonomia egípcia ao califado abássida. Em 878, Ibn Tulun invadiu a Siria, tomando as suas principais cidades e fortalezas. Ibn Tulun foi representado após a sua morte pelo seu filho Khumarawayh, que foi assassinado em 896. Como seu filho, Khumarawayh, era menor de idade, o fato foi aproveitado pelos abássidas para recuperar a sua soberania sobre o Egito em 905, que voltaria ao seu estatuto de província.

Em 935, Muhammad ibn Tughj foi nomeado novo governador, tendo repetido os atos de Ibn Tulun. Ibn Tughj, a quem o califa atribuiu o título de Ikhshid, conseguiu impor a ordem no Egito, tendo o país voltado com a sua influência sobre a Síria. Além disso, Ibn Tughj conquistou as duas cidades sagradas do islão, Meca e Medina. Os seus descendentes governaram o Egito até 969.

Os fatímidas

A dinastia dos fatimidas surgiu na Tunisia em 906. Ao contrário do califado abássida, que seguia o sunismo, os fatímidas eram partidários do xiísmo. Os seus membros consideravam-se descendentes de Fatima (de quem deriva o nome da dinastia), uma filha de Muhammad e esposa de Ali, quarto califa e figura central do islao xiita. Em 969, os Fatímidas conquistaram o Egito, onde se instalaram na sua nova capital, a cidade do Cairo ("A Vitoriosa"), construída a norte de Fustat.

Durante a era fatímida, o Egito foi o centro de um império que na sua extensão máxima controlou o norte de África, a Sicilia , a Palestina, a Siria, o Iemen e as cidades de Meca e Medina.

Os fatímidas procederam a uma reorganização da administração do Egito, tendo se verificado um importante desenvolvimento da atividade comercial. Para este contribuíram fatores como a decadência do poder na Síria e no Iraque à qual correspondeu uma decadência das rotas comerciais que atravessavam esses territórios. O Egito tornou-se assim uma alternativa para a passagem das rotas comerciais entre o Oriente e a Cristandade. Os Fatímidas controlavam os portos da costa africana do Mar Vermelho da qual chegavam os produtos da Índia e que depois transitavam para as cidades italianas.

O Egito otomano (1517-1798)

Em 1516 e 1517, o sultão Selim I derrotou os Mamelucos e o Egito transformou-se numa província do Imperio Otomano , governada por um novo paxa nomeado a cada ano. A autoridade do Império Otomano era pouca e os paxás tomavam frequentemente decisões à margem dos desejos do sultao, que se alegrava em receber o tributo , apenas exigindo que as fronteiras fossem vigiadas para evitar qualquer tipo de invasão. As antigas elites mamelucas conseguiram burlar as estruturas administrativas e continuar a governar o Egito. Embora colaborassem com os otomanos, muitas vezes desafiavam o seu poder. Este período corresponde a um declínio econômico e cultural.

No seculo XVII, desenvolveu-se uma elite de mamelucos que usava o título de "bey", ao mesmo tempo que as guerras entre duas facções de mamelucos acabavam com o país. No seculo XVIII, Ali Bey e o seu sucessor, Muhammad Bey , conseguiram fazer do Egito um território independente do Império Otomano. Por outro lado, a situação econômica do Egito decaiu e a população conheceu um período de penúria e fome.

Neste contexto de um Egito fraco, a Franca e a Inglaterra começaram a alimentar ambições em relação ao território. Em 1798 o general Napoleao Bonaparte invadiu o país para tentar abalar o comércio inglês na região.

Mehemet Ali e os seus sucessores

Napoleao fugiu do Egito para a França em 1799, deixando para trás um exército de ocupação. Este exército seria expulso pelos otomanos e pelos ingleses em 1801, terminando a rápida ocupação francesa. O Egito conhece um período de desordem que acaba em 1805, quando um soldado albanês de nome Mehemet Ali toma o poder.

Depois de acabada a invasão inglesa de 1807, Mehemet Ali dedicou-se a acabar com as revoltas constantes dos Mamelucos, que ameaçavam a estabilidade do país. Para conseguir tal objetivo reúne-os na cidade do Cairo, em 1811, onde foi organizado o massacre dos Mamelucos.

Mehemet Ali declarou-se senhor do Egito, dono de todas as terras. Ajudado pelos franceses, organizou um exército moderno e criou uma marinha de guerra. Tomou também uma série de medidas que pretendiam modernizar a economia do país, ordenando a construção de canais e fábricas.

Egito - Eram os Deuses astronautas? - Parte I

Esta civilização teve início por volta de 4.000 a.C., e desenvolveu-se no nordeste da África. Quando falamos em África, já vem a mente um lugar quente e muito quente, mesmo assim a região onde a civilização egípcia se instalou apresentava fatores naturais para a sobrevivência do homem. Como:

  • Rio Nilo- que fornecia água necessária para à vida e a agricultura.
  • Solos férteis- com as freqüentes cheias do rio Nilo, era depositado no solo uma rica e prática camada de húmus nas margens do rio que fertilizava o solo.

Com tudo isso não era de se esperar que o Egito tenha sido uma das civilizações que se destacou como sendo uma das mais grandiosas e que durou por mais tempo.
Teve muitas obras hidráulicas como: canais e diques. Que foram fundamentais para agricultura.
Com tantas coisas a seu favor o Egito foi chamado pelo historiador Heródoto de: “a dádiva do rio Nilo”.
Logo , esse quadro ajudou no surgimento das primeiras aldeias , chamadas de nomos,povo autônomo que vivia da agricultura rudimentar, chefiado pelos monarcas.
Com o crescimento da população e do aprimoramento da agricultura, foi possível o surgimento de cidades. Nelas , começa a ter o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas, e para unir forças para as construções hidráulicas foi necessário a reunião de vários nomos, dando origem a dois reinados: Alto Egito, ao sul do Nilo; e o Baixo Egito, ao norte.
Mas em 3200 a.C., Menés, rei do Alto Egito impôs a unificação dos dois reinados e tornou-se o primeiro faraó comandando 42 nomos. Com isso os nomos se tornaram representantes do poder central nos nomos, em nossos dias poderiam ser considerados como prefeitos ou governadores.
A vida política dessa civilização é dividida em:

  • período pré-dinástico: abrange o início das primeiras comunidades até a primeira dinastia dos faraós.
  • período dinástico: são as fases principais da política egípcia,o Antigo Império,Médio Império e Alto império. Foi nesse período que ocorreu a construção das pirâmides, o crescimento territorial e econômico além de sua expansão militar.

PERÍODO DINÁSTICO(3200-1085a.C.)

ANTIGO IMPÉRIO(3200 a.C.-2300 a.C.)

Depois da união estabelecida por Menés, a capital do Egito passou a ser a cidade de Tinis, e depois foi mudada para Mênfis, hoje Cairo.

Os faraós tinham poderes políticos, militares, religiosos e administrativos. A maior parte da população trabalhava na agricultura, mas também era convocada para os trabalhos nas obras arquitetônicas e hidráulicas . como exemplo:as pirâmides, os túmulos dos faraós e suas famílias. Destacando-se os faraós: Quéops,Quéfren e Miquerinos, ambos da IV dinastia que fizeram as pirâmides de Gizé. também a pirâmide de Quéops tem mais de 60mil quadrados e tem mais de 6 milhões de toneladas de pedras, tendo 145 metros de altura. A duração de sua construção foi de quase 20 anos, com um recrutamento de 100 mil homens em rodízio de três meses.

Por volta de 2300 a.C. as revoltas lideradas pelos monarcas começam a surgir e isso vai enfraquecendo a autoridade do império central e ao mesmo tempo fortalecendo o poder dos monarcas, tendo assim a descentralização do poder central , conhecido como período feudal egípcio. Mas com tantos comandantes, as lutas aumentaram e isso afetou a produção que ficou desorganizada. E a sociedade viveu um período de guerra civil.

MÉDIO IMPÉRIO(2000 a.C.- 1580 a.C.)

Os representantes nobres conseguiram acabar com as revoltas. A capital foi transferida para Tebas e os novos faraós abriram um novo período de propriedade colocando a sociedade em vassalagem geral. nesta fase o Egito consegue atingir a estabilidade política e econômica. Há também o florescimento artístico , onde ocorre a expansão do território. como a conquista da Núbia, que era rica em ouro. Mas com os levantes dos nobres que queriam maior autonomia junto com as rebeliões camponesas que viviam na pobreza, o poder central mais uma vez foi abalado. Para piorar a situação, as invasões estrangeiras estavam fazendo muitos estragos, principalmente os hicsos(asiáticos) estes tinham vantagem militar sobre os egípcios, por isso não foi difícil dominá-los. Eles dominaram a região norte e estabeleceram a capital em Ávaris.Permaneceram por 170 anos aproximadamente.

NOVO IMPÉRIO( 1580 a.C.- 525 a.C.)

Depois da dominação pelos hicsos, a nobreza tebana conseguiu unir forças e restaurar a unidade política do Egito e expulsar os invasores. Foram liderados por Amósis I. esse novo império tratou de ampliar e fortalecer suas fronteiras, com destaques para os faraós: Tutmés III, Ramsés II e Amenófis IV.

  • TUTMÉS III- este teve a maior expansão territorial,com isso tornou-se o primeiro império mundial. Tinha uma grande força militar, com infantaria, bem equipada, além de cavalaria e carros.
  • AMENÓFIS IV- provocou uma revolução religiosa e por isso ficou conhecido como “rei herético”, pois tentou por fim ao culto a diversos deuses. Porque para ele isso era ultrapassado e conservador além dos sacerdotes terem amplos poderes, que ameaçavam a autoridade do governo. Por isso ele estabeleceu o culto a Aton( círculo solar) e com isso confiscou os bens dos sacerdotes e excluiu os demais deuses. mas como Amenófis não teve herdeiro masculino, era apenas uma questão de tempo para o poder retornar aos sacerdotes.
  • RAMSÉS II- com ele também continuou as conquistas militares. por querer tanto exaltar o poder , este rei governou por mais de 70 anos.

No novo império além de conquistas militares, as manifestações culturais se desenvolveram, principalmente a religiosa. Isto é evidenciado nos templos dedicados aos vários deuses. Muitos dos quais tiveram o início de suas construções no médio império.

Meu Quenia

Foi super rapida, nossa estada aqui no Quenia, deu para ver muito pouco, mas ter uma nocao geral.
Nairobi e' bem desenvolvida, e tem de tudo, conseguimos assistir o filme novo do Tarantino, o "Bastardos Inglorios", que achei muito bom, mas nao superou o "Kill Bill I".
O interior que vimos e' bem mais pobre, porem muito bonito e verde.
O Hell's Gate National Park e' bem pequeno, mas da' um otimo dia de passeio.
Sobre a comida, Nairobi tem muitas e boas opcoes, deu para comer carne sem medo das consequencias, e vimos ate um restaurante por quilo brasileiro. No interior os cardapios nao tem muito mais alem da boa e velha pizza. Nos experimentamos o Ugali, comida tipica daqui, que e' praticamente igual a polenta, eu nao gostei mais o Julio adorou.
Com relacao ao dinheiro, os precos sao razoavelmente baratos.
Nao tivemo muita sorte com hoteis, com excessao ao camping no Lgao Naivasha, que re amuito bom, mas cansou dormir no chao duro por 3 noites.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quenia - Nyeri

Nyeri e' uma pequena cidade que fica aos pe's do Monte Quenia, e foi aqui que Baden Powell, fundador do escotismo, morou nos seus ultimos anos de vida.
No's visitamos sua antiga casa, que agora e' um museu do escotismo, e seu tumulo.

Quem e' quem nesta foto?

Quenia - Hell's Gate National Park

O Hell's Gate e' o menor parque do Quenia, nele e' possivel entrar a pe' ou de bicicleta. Nos escolhemos a bicicleta. O legal que assim da' para chegar bem perto dos animais.
O parque e' lar de inumeros hebivoros, como zebras, girafas, bufalos antilopes, e dizem que abriga tambem alguns carnivoros como o leopardo e o guepardo, mas ainda bem que nao demos de cara com nenhum...
O nome Hell's Gate, que significa Portao do Inferno, vem do vapor e das aguas termais que saem da terra, devido a atividade vulcanica subterranea neste local. E' bem engracado, pois tem uma cachoeira de agua quente (mas e' quente mesmo, nao da para fica com a mao na agua por muito tempo!). Dentro do parque existe uma usina Geotermica, que aproveita este calor da terra para transforma- lo em energia. Em algumas partes, o cheiro de enxofre e' bem forte (credo!).
Alem disto, o parque e' muito famoso pelas escalada em rocha, que e' do tipo vulcanica, mais lisa e gostosa de escalar....

Quenia - Lago Naivasha

O Lago Naivasha fica em uma regiao chamada Rift Valey, que e' bem umida e verde. O forte de Naivasha sao as rosas, que representam 10% de toda a exportacao do Quenia, tem roseiral para todos os lados.
O Lago, propriamente dito e' muito bonito. No's ficamos em um camping bem na beira do lado, cheio de aves, incluindo flamingos, pelicanos e cegonhas, mas alem das aves, ha um montao de macacos (Colobus e Blue Monkey) e hipopotamos, que vem aproveitar a grama a noite.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Papinho Veterinario

Resolvi criar outra sessao no blog, especial para meus amigos veterinarios, pois por todas cidades onde passamos, tenho tentado observar se existem clinicas veterinarias e pet shops, como eles sao, e tambem a quantidade e que tipo de animais domesticos existem na regiao. Quando da', converso com locais sobre o assunto.
Bom vou comecar com a Tanzania.
So' vi umas 3 clinicas veterinarias no pais todo, sendo que 1 era clinica de verdade, e as outras eram lojas de racao, com, acredito eu, consultorio.
Animais domesticos tem bastante, a grande maioria cabra e em segundo lugar, gado. Um ou outro gato magro vem pedir comida nos restaurantes, principalmente em Zanzibar, e vi pouquissimos caes. Conversei com um garoto sobre o assunto, e ele me disse que aqui as pessoas preferem ter animais que elas possam comer se eles tiverem algum problema.
Tragico, mas logico em paises pauperrimos como a Tanzania.

O Grande Encontro ( ou um sonho realizado)

SIM, ELES SE ENCONTRARAM!!!!!!!
VINHO DE BANANA E JULIO

Quenia - Quem tem medo de Nairobi?

Eu tinha, mesmo antes de comecar a viagem (as vezes levantava a noite e dizia: "Julio, nao quero ir para mais ir para Nairobi!"), e durante a viagem, para todos que perguntavamos sobre o assunto, a resposta era sempre a mesma: " Cidade feia, transito caotico, muito perigosa, terrivel, so' serve de passagem" e assim vai.
Mas chegando aqui, mesmo a noite, nao achei tao feia assim. E hoje de manha pude confirmar, e' bem melhor do que eu imaginava. Ate' se parece com Sao Paulo, o centrao muito movimentado, cheio de camelos (nao o animal, viu pessoal...), e o centro administartivo e financeiro bem bonito, com pracinhas floridas, muitas arvores, pessoas engravatadas, bem vestidas, carros chiques, predios envidracados enormes e varios cafes e restaurantes. Mas o transito e' de matar qualquer um de estresse.
Faz poucas horas que estou aqui, mas simpatizei.
So' um comentario: Bem melhor que Nova Delhi!

Los Hermanos em qualquer lugar

Rodrigo Amarante
"... E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar
..."

Moshi - Nairobi: Viagem Liquidificador

Ontem deixamos a Tanzania em direcao ao Quenia, de onibus.
A estrada que liga Moshi a Nairobi ainda esta em construcao, e isto, nos ja sabiamos, mas o que eu nao fazia ideia era como seria esta estrada.
O caminho era muito esburacado, e para ajudar, os pao-duros escolheram a empresa de onibus mais barata que tinha, conclusao: Nao dava nem para conversar!!!! A cada lombada, eu levantava uns 15 centimetros do assento (pelo menos tinha cinto de seguranca), eu tinha hora que eu achava que teria uma concussao.
No comeco, tive um ataque de riso, mas depois de 4 horas comecou a ficar meio cansativo e hoje acordei com um baita torcicolo.
Agora posso imaginar como era a Transamazonica!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quenia - Um dia ja' fui chipanze, agora ando so' com o pe'...

O Quenia e' considerado o berco da humanidade. Restos antropológicos encontrados perto do lago Turkana indicam que existiram antepassados do homem, hominídeos primitivos, nessa área há 2.600.000 anos. O assentamento das atuais etnias africanas data do século X. Antes do ano mil, clãs de povos nilóticos, denominados hima, invadiram a África oriental; eram povos pastores com um núcleo aristocrático que desenvolveram reinos banto, depois do século XIV, forçaram o deslocamento dos nilóticos até Uganda e Tanzânia. Os povos bantos, entre os quais a tribo dos kikuyu, estabeleceram-se no interior, organizando-se em clãs, e constituíram reinos. No século XVII, chegou o povo pastoril masai, vindo do norte, que entrou em choque com o povo banto. Fixados no norte, perto da Somália, os masai, no século XIX, foram deslocados pelo povo agrícola kikuyu. poderosos. Os documentos históricos mais antigos sobre a região mostram que, pelo menos desde o século VIII da era cristã, os árabes se estabeleceram no litoral e dominaram o comércio com o sul da Arábia. Foram estabelecidas várias cidades-estado Zenj, dominadas pelo sultanato de Omã e Muscat.

Os portugueses tentaram monopolizar o comércio do Oceano Índico e, entre os séculos XV e XVII, apesar da resistência, o domínio árabe foi substituído pelo dos lusos, que conquistaram Mombaça em 1505.

Depois de holandeses e ingleses lhes arrebatarem o comércio no século XVII, os estados Zenj recuperaram sua independência. Estabelecidos na ilha de Zanzibar, os árabes do sultão de Omã retomaram o controle das cidades-estado zona costeira e floresceu o comércio de escravos que, a partir de Zanzibar e Mombasa, se estendeu para o interior.

Por volta de 1840, a Inglaterra iniciou o comércio costeiro no Quênia. Em 1873, os britânicos aboliram o comércio de escravos dos árabes. Em 1886, os britânicos, a pretexto de acabar com a pirataria, apoderaram-se de toda a região.
Os primeiros europeus a explorarem o interior do território queniano foram os alemães missionários que se estabeleceram em Rabai, no território da tribo manyika, em 1848.

Na Conferência de Berlim de 1885, onde se delimitaram as áreas de influência das potências européias, porém, a região foi entregue ao Reino Unido, que a confiou em regime de monopólio à Companhia Imperial da África Oriental Britânica. Em 1887 a companhia comercial assegurou o arrendamento da faixa costeira, cedida pelo sultão de Zanzibar.
O Protetorado Britânico Africano Oriental foi criado em 1896, quando milhares de indianos foram trazidos para trabalhar na construção de uma ferrovia entre o porto de Mombaça e as férteis terras do lago Vitória, concluída em 1902, e para as tarefas que os africanos se mostravam resistentes a executar. Os colonos gozaram de relativa autonomia, com um conselho legislativo formado em 1907.
Em 1920, o Reino Unido reafirmou seu domínio e transformou o protetorado em colônia britânica do Quênia, uma dependência da Oficina Colonial Britânica. Nesta época, uma grande área das "Terras Altas Brancas" havia sido reservada para colonização, enquanto "reservas nativas" eram criadas para separar as duas comunidades. Durante a década de 20, houve considerável imigração Grã-Bretanha.
Nas duas décadas que precederam a Segunda Guerra Mundial, os europeus monopolizaram as melhores terras cultiváveis, e teve início um confronto político entre britânicos e indianos, que se consideravam insuficientemente representados nos órgãos de governo da colônia. A Associação Central dos Kikuyu, fundada em 1921 e reformulada em 1925, também passou a exigir sua participação no poder. Em 1944, foi formada uma organização nacionalista, a União Africana do Quênia (KAU), que pregava a redistribuição da terra e tinha como líder Jomo Kenyatta. Em 1952, uma sociedade secreta kikuiu, ou Mau Mau, levantou-se contra o domínio colonial na denominada revolta dos Mau-Mau, que deu origem a uma longa guerra, que se prolongou até 1960 e representou um duro golpe ao desenvolvimento econômico. A KAU foi proscrita e Kenyatta, líder da rebelião, preso.

A eleição de 1961 levou os dois partidos: União Nacional Africana do Quênia (KANU) e a União Democrática Africana do Quênia, a aliarem-se no governo.
Em dezembro de 1963, o Quênia tornou-se Estado independente, membro da Commonwealth, e constituiu-se em república no ano seguinte, sob a presidência do carismático Kenyatta (KANU), o qual foi reeleito em 1969 e 1974. O governo de Kenyatta foi moderado, pró-ocidental e progressista. Até o final da década de 1960, o Quênia era, na prática, um Estado de partido único. Um grande número de investidores estrangeiros instalou-se no país; o turismo se expandiu e tornou-se a mais importante fonte de divisas.
Após a morte de Kenyatta em 1978, assumiu o poder Daniel Arap Moi, único candidato à presidência nas eleições do ano seguinte. Arap Moi manteve a mesma orientação política do antescessor. A oposição ao presidente cresceu, culminando com uma sangrenta tentativa de golpe de Estado, ainda em 1982. Muitos dirigentes foram presos. No mesmo ano a Assembléia Nacional declarou, oficialmente, o monopartidarismo no país. Seguiu-se um período de censura e perseguição política aos opositores do regime, liderado pelo partido da União Nacional Africana do Quênia (KANU). As eleições de 1983 testemunharam o retorno à estabilidade relativa, ainda sob a presidência de Arap Moi, mas o regime mostrou-se cada vez mais corrupto e autocrático. Em 1988 Moi foi indicado para cumprir um terceiro mandato. Dois anos depois, uma aliança entre intelectuais, advogados e o clero começou a exercer pressões sobre o governo para legalizar os partidos de oposição. Alguns dos membros da aliança foram presos, outros assassinados.
Em dezembro de 1991, por causa da pressão do Fórum pela Restauração da Democracia, apoiado por alianças ocidentais, Moi aceitou com relutância empreender reformas políticas, entre as quais a criação de um sistema político multipartidário. A tensa situação continuou durante o ano de 1992, com manifestações, distúrbios e greves. Vários novos partidos políticos foram registrados, alguns dos quais concorreram às primeiras eleições presidenciais livres, em dezembro do mesmo ano. Arap Moi venceu as eleições e assumiu seu quarto mandato, embora sobre ele pesasse a acusação de ter fraudado os resultados. O Parlamento foi fechado, apesar dos protestos da oposição. Em 1993, o governo continuou a restringir a atividade da oposição e foi acusado de incitar a violência étnica, numa tentativa de desacreditar o regime político pluralista. A entrada de cerca de 500 mil refugiados da Somália, da Etiópia e do Sudão fez crescer os problemas para o governo queniano.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tanzania - Indice Brasileiros

Na Tanzania, encontramos so 1 brasileiro, o Henrique, muito gente fina.
Notem que coloquei uma caixa de texto nova, logo abaixo da falha tecnica, onde colocarei o Indice Brasileiros, a partir de agora, acatando a sugestao da Dulci (Dulci, nos nao esquecemos sua sugestao, so estavamos esperando sair de outro pais....)

Minha Tanzania

Achei a Tanzania maravilhosa! Foi um lugar muito especial para mim, e com certeza voltarei algum dia.

Zanzibar e' lindo, e tem muitas ilhas com muitas praias a serem exploradas, alem da miscelania cultural, que e' simplesmente fantastica.

Sobre os safaris nem preciso comentar, pois as fotos ja disseram tudo.Isso porque so vistamos 4 parques, dos muitos que existem aqui.

O Monte Kilimanjaro e' um caso a parte, e para quem gosta de trekking, como nos, e' um grande desafio. Mas alem do Kili, existe varias outras montanhas muito bonitas, e com grandes trekkings, como o Mt. Meru e o Mt. Mawenzi.

O turismo aqui, e' bastante rustico, pois e' um pais bem pobre, e' claro que se pode ficar em um super resort em Zanzibar ou fazer um safari de luxo, mas sera dificil nao sair da bolha.

A comunicacao e' facil se voce fala ingles, se nao fala, danou-se, sem contar que em Zanzibar muitos locais falam italiano, devido a quantidade de turista deste pais. Ate consegui aprender algumas palavras e expressoes em Swahili.

A comida e' mais ou menos, excluindo Zanzibar, onde os peixes e frutos-do-mar sao deliciosos (nunca tinha visto camaroes tao grandes!)

Os precos sao baixos, sem contar o safari e o trekking no Kili que foram carissimos.

Fizemos muitos bons amigos aqui, tem muitos viajantes e aventureiros, e todos cheios de historias para contar.

Meu ingles esta melhorando a cada dia, e estou arriscando algumas frases com os alemaes.

Diario de um trekking - Mt. Kilimajaro - Quinto Dia


Acordei um pouco melhor, mas ainda com dor de estomago, e comer ou beber foi impossivel. Depois do cafe, o William nos apresentou toda a equipe, tiramos fotos, e eles cantaram uma musica para nos, foi bem divertido. rapidamente seguimos nosso caminho, pois tinhamos 20 km de caminhada pela frente.
Nao me senti bem o caminho todo ate o Mandara Hut, e descidi que a partir de la iria de carro, para preservar minhas ultimas forcas para a recuperacao no hotel.
Os meninos chegaram um tempo depois, primeiro o Julio, que veio correndo, e uns 25 minutos depois Luke e William chegaram.
Fizemos as burrocracias de saida, e as 14h50 estavamos no onibus de volta.

Diario de um trekking - Mt. Kilimanjaro - Quarto dia - parte 3

Voltando a mim.
Acordei as 6h30 da manha, me sentindo bem, mas completamente frustada, consegui tomar meu cha e comer biscoito e amendoim, e coloquei na minha cabeca que eu tinha que tentar outra vez, de uma forma ou de outra. Esperia pela volta dos meninos e arrajaria uma forma de subir outra vez, nem que tivesse que ficar mais uma noite ali e subir com os canadenses.
O primeiro a chegar, la pelas 8 da manha, foi o Brent, norte-americano, terrivelmete cansado e tinha sofrido graves efeitos do grande mal, mas mesmo assim chegou ao cume, mas nao ficou mais de 5 minutos la'.
Minutos depois chegaram Julio e Luke, tambem muitos cansados, recebi muitos abracos primeiro do Julio, e' claro, mas tambem do Luke, que e' um grande cara, muito gentil, educado e carinhoso, com todos, sem excessoes, e tem grandes historias para contar, ate ja saiu no Guiness Book duas vezes (hey, Luke, if you are reading this, you was a wounderful partner. We wish all the best in your jouney and in the return for Australia, if this realy will happen!). Vi as fotos na maquina, ouvi as narracoes e falei da minha vontade de tentar de novo.
Conversamos com William, que me ofereceu a oportunidade de subir com ele dali 20 minutos
(ele e' praticamente o super-homem, para subir 2 vezes seguidas...).
Preparei minhas coisas (nem levei a maquina para nao carregar peso), e sem pensar duas vezes fui.
A subida foi tudo aquilo que o Julio descreveu, com a diferenca que meu caiu uma bomba no meu estomago novamente, e comecei a vomitar nos 4900 metros e assim fui ate o cume, parando a cada 10 minutos para outro episodio de vomito. Nada parou no meu estoumago, nem comida, nem bebida. Mas com muito esforco, cheguei ao cume no Gillman's Point a 5685 m, passando muito mal, e tinha de decidir, se continuaria ate a parte mais alta do cume, o Uhuru Peak, voltaria. Tentei comer um pedaco de chocolate, se parasse no meu estomago, seguiria em frente senao, voltaria, pois eramos so eu e William la em cima, e eu estava me sentindo bastante fraca.
Como o chocolate nao parou, resolvi descer. Outra decisao dificl, mas nestas horas e' preciso saber voltar.
A descida tambem nao foi facil, William teve de me ajudar pois ainda estava passando mal, mas depois de 2 horas, chegamos em Kibo.
Resolvi ir direto para Horombo, primeiro porque estava louca para ver o Julio e segundo porque nao permitem a pessoas doentes dormir em kibo, devido a falta de oxigenio.
Foram umas 3 horas de caminhada, muito dificeis, pegamos neve, ficou escuro e eu estava tao fraca que nao conseguia achar minha lanterna. O William carregou todas as minhas coisas e veio iluminando o caminho com o celular para mim.
Quando cheguei em Homboro, o Julio veio me receber, e ja tinha preparado as coisas para eu dormir. So escovei os dentes e apaguei.
Detalhe, que nem precisava dizer mas, sem banho outra vez!


Diario de um Trekking - Mt. Kilimanjaro - Quarto dia - parte 2

Narrado por Julio Henrique:

Depois que a Cica decidiu voltar, continuamos Luke, William e eu. A subida nao foi facil. Chegamos a uma parte chamada zigue-zague. Eh chamada assim, devido a inclinacao, pois eh menos cansativo se subir em zigue-zague. Mas mesmo assim, foi muito cansativo. Eram necessarias de 2 a 3 respiradas para cada passo. Esta historia de ar rarefeito nao eh brincadeira, falta ar mesmo. Depois de 2h30 de zigue-zague, chegamos ao Gillman`s Point (5681 metros), que indica o final do zigue-zague. O Gillman's Point fica em uma das bordas do cone da montanha (antigo vulcao). Deste ponto eh possivel ver a cratera do vulcao e para chegar ao ponto mais alto, eh soh e somente contornar o cone. Porem este soh e somente a esta altitude cansa !!! Depois de um descanso rapido no Gillman`s Point, continuamos a caminhada. A medida que iamos avancando, os primeiros raios de sol comecaram a iluminar a montanha e o mar de nuvens abaixo. Neste caminho, encontramos varios colegas de trilha retornando. Chegamos ao Uhuru Peak (6895 metros) as 6:20 e ficamos lah por uns 10 minutos, pois estava muito frio. Conseguimos bater algumas fotos antes que as maos "congelassem". O retorno foi mais tranquilo. Na parte do zigue-zague, eh descer reto e correndo, cuidando para nao tropecar ou chutar alguma pedra. As 8:30 jah estava devolta no Kibo Huts. Encontrei a Cica descansada e com vontade de tentar novamente.

Diario de um trekking - Mt. Kilimajaro - Quarto dia - Parte 1

Levantamos 23:45h, tentamos engolir o cha com biscoito, e saimos para investida ao cume. O ceuestava lindo, cheio de estrelas e o frio era de matar.
Fomos o penultimo grupo a sair, tudo planejado pelo guia, pois caminhavamos mais rapido que os outros e assim chegariamos la em cima a tempo para o nascer do sol.
La pelos 4800 m tive meu segundo episodio de vomito,que continuaram, a cada 10 minutos ate os 5000m, quando a dor comecou a ser insuportavel e tive que descer. Foi a umas das piores decisoe que tive que ter, mas nao dava mais.
Me despedi do Julio e dos outros, e desci, completamente arrasada e sofrendo bastante dor.
Cheguei no alojamento, sem conseguir pensar muito e dormi.
A suspeita, que se confirmaria mais tarde, era intoxicacao alimentar, e nao o mal de altitude.

Diario de um trekking - Mt. Kilimanjaro - Terceiro Dia

Acordamos cedo e tivemos todos os procedimentos dos dias anteriores. Comecamos a caminhada rumo ao ultimo alojamento antes do cume, que fica a 4700 m.
Hoje, a tensao que pairava no ar era grande, todos sentiam algum efeito da altitude (menos o Julio que parece ter nascido para grandes altitudes, nunca sente nada e fica mais disposto do que nunca), das noites mal dormidas, ninguem conseguiu dormir mais de 4 ou5 horas nas ultimas 2 noites (menos o Julio. e' claro, que dormiu mal, mas dormiumais que todos) e da pressao que o topo estava exercendo em todos.
Eu nunca havia sentido a pressao que o cume de uma grande montanha faz sobre nossa mente, mas e' impressionante, o cansaco, a dor, a falta de apetite, a falta de sono, o frio, a sujeira, nada disso interfere na vontade de chegar la', e nada alem disso passa pela sua cabeca, voce so' quer chegar.
A caminhada comecou tranquila, nesta parte da trilha, saimos da vegentacao denominada Moorland e passamos para o deserto alpino, que nao tem vegetacao nenhuma, so pedras e mais pedras pelo caminho. E e' nesta parte da trilha que o efeito da altitude e' maios, pois nao tem mais plantas para liberarem oxigenio no ar, que fica muito escasso.
No meio do caminho senti algum efeito do mal de altitude, fiquei com uma forte dor de cabeca e um pouco desorientada. Wim, o belga me deu 4 comprimidos de Diamox, um medicamento que evita o mal de altitude, e que nos nao tinhamos. Tomei um e fiquei sentada por uns 20 minutos, ate que o remedio fez efeito e comecei a me sentir otima novamente. Luke nao estava se sentindo mui bem e Julio estava otimo, como sempre.
Chegamos so Kibo Hut, depois de 6 horas de caminhada e 9 km, e aqui nao ha chales, mas sim grandes quartos cheios de beliches. Nos alojamos em um com mais 5 pessoas ( 4 alemaes e 1 estado unidense), juntando eu, Julio e Luke (o Wim ficou em outo quarto, pois ele tinha outro guia), eramos 8 pessoas, completamente preocupadas com o que nos esperaria mais tarde.
Descansamos, tentamos comer algo, o que foi impossivelpara mim, pois comecei a sentir uma forte dor de estomago e nauseas, mas minha cabeca nao doia nada.
Fizemos nossa caminhada de aclimatacao ate os 4900m, e minha dor de estomago ainda estava la.
Arrumamos as coisas para o investida ao cume, tentamos jantar, mas so o Julio conseguiu, eu estava com estomago terrivelmente doendo e Luke sentia os efeitos da altitude.
Fomos para a cama as 19 horas. Nao dormi nada e me lenatei as 22 horas, com forte nausea e meu primeiro episodio de vomito.

O que e' o mal de altitude

O mal da altitude nada mais é senão a dificuldade do organismo em absorver oxigênio para suprir as necessidades a que estamos impondo, o que acaba por causar uma série de efeitos, que podem até culminar com a morte do indivíduo. "Tudo aconteceu quando eu descia a Canaleta (Cerro Aconcágua). Comecei a me sentir pior, não tinha mais chá no meu cantil, a dor de cabeça era insuportável, assim como o cansaço. Sabia que não deveria sentar e descansar, mas realmente não conseguia mais caminhar. Comecei a sonhar e a delirar. Não conseguia mais distinguir a realidade do sonho. Sei apenas que aquele médico japonês me carregou para baixo. Media minha pressão, falava o que eu não compreendia. Eu estava desacordado!"

Assim como o montanhista Édson Panek, que dessa forma relata os efeitos do mal da altitude, que quase lhe custou a vida no Aconcágua, muitos outros visitantes das montanhas sofrem com esse problema, ainda muito mal interpretado, o qual começa a surtir efeitos quando ultrapassa-se altitudes acima de 2.800 metros e é acentuado em altitudes maiores.

Isso ocorre pelo fato de que a pressão do ar diminui conforme a maior variação de altitude, o que resulta em menor quantidade de oxigênio no ar. Repare que a composição do ar continua a mesma - 78,1% Nitrogênio, 20,9% Oxigênio e 1% outros gases - porém, como afirmamos, em menor quantidade. Com isso, temos que respirar mais para conseguir absorver a mesma quantidade de O2 de quando estamos ao nível do mar. Isso gera uma sensação de falta de ar, ou, como se não fosse possível aspirar.

Sob estas dificuldades nosso organismo tende a se aclimatar, e a principal mudança será a alteração da composição sangüínea, que terá um aumento considerável de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte do O2 absorvido nos alvéolos pulmonares às células.
Porém esta reação do organismo não é imediata, leva algum tempo. Por isso o processo de aclimatação precisa ser realizado, e de forma lenta e gradual, evitando grandes esforços físicos quando chegamos em altitudes maiores.

É importante ressaltar que, sob este período de aclimatação, outros efeitos poderão ocorrer, na ânsia do organismo tentar se adaptar à dificuldade enfrentada. Um destes efeitos é o inchaço dos vasos sangüíneos, principalmente os localizados na região cerebral. Isso deve-se ao fato de que esta é a região mais sensível à falta do oxigênio, além de ser vital. O corpo, na tentativa de facilitar a troca gasosa, aumenta o "calibre" dos vasos sangüíneos, o que, em princípio gera uma dor de cabeça constante.

O organismo, que não consegue absorver a quantidade de oxigênio suficiente, aumenta o fluxo do sangue no pulmão, inchando seus alvéolos pulmonares. Ocorre que este abrupto fluxo sangüíneo e inchaço, da mesma forma que facilita a troca gasosa nos alvéolos pulmonares, também facilita a saída da linfa (o fluído menos espesso do sangue), gerando certo acúmulo de fluídos no pulmão, o que por sua vez, faz com que o corpo tenha uma reação afim de expulsar estes fluídos e causa uma tosse seca e constante. O efeito acaba por tornar-se cíclico, pois o organismo aumenta mais ainda o fluxo do sangue nos pulmões, gerando maior inchaço dos alvéolos e vasos sangüíneos, que liberam mais líquidos, que dificultam ainda mais a troca gasosa no pulmão.

A situação, neste caso pode piorar, dando início ao que chamamos de HAPE - ou Edema Pulmonar. Os principais sintomas de HAPE são a falta de ar, tosse seca e intermitente, considerável insônia e posteriormente apresenta escarro avermelhado. Pode ocorrer mudança de cor nas extremidades do corpo, tendendo para o azulado, principalmente na face (lábios), o que indica a pouca oxigenação do sangue. Pode gerar inconsciência e posteriormente a morte.

O mesmo se aplica ao vasos sangüíneos no cérebro, que devido ao inchaço, permitem a passagem de fluídos do sangue, gerando acúmulo na região cerebral, causando mais dor e inchaço. Neste caso, tem-se o princípio de HACE - Edema Cerebral. Os principais sintomas de HACE são, pela ordem, perda do apetite, forte dor de cabeça, vômitos, confusão mental, tontura e perda da coordenação motora, inconsciência, coma e finalmente a morte.

Como vimos, ambos podem levar a morte do alpinista, porém os efeitos do HACE (Edema Cerebral) são mais severos e rápidos, enquanto do HAPE (Edema Pulmonar) são mais fáceis de identificar e menos severos, possuindo cura rápida. Entretanto, em ambos os casos, se o paciente apresentar os sintomas, deve ser imediatamente levado a altitudes menores e tratado.

Texto: Hilton Benke Saiba mais em http://altamontanha.com

Diario de um Trekking - Mt. Kilimanjaro - Segundo Dia

Depois de uma noite mal dormida, para todos,levantei mesmo antes da 6 horas da matina para aproveitar o banheiro, que ainda estava limpo. Quando voltei ao chale, todos estavam prontospara o cafe, que foi bem rapido, mas com muita "sustancia", leite em po, cha, cafe, mingau, torrada, mel, manteiga de amendoim, umas poucas frutas e omelete. Comi muito, pois dizem que a perda calorica em caminhadas deste tipo chega a te 700o kcal por dia, e alem disto eu sabia que maispara cima meu apetite diminuiria razoavelmente. O dia estava lindo e frio ("Maravilhoso dia de verao londrino!" como disse Luke) , com o sol nascendo entre as nuvens. Comecamos nossa caminhada nates dos outros grupos, incluindo os canadenses (argh!). Para evitar o temido mal de altitute (ver post anexo), e' importante caminhar bem devagarzinho, entao este foi o maior desafio da caminhada de hoje, para mim, pois sempre me esquecia e quando percebia, ja estava la na frente, mas sempre alguempassava e dizia"Pole Pole", que significa devagar em swahili, eu diminuia o passo. Durante o trajeto, passou por nos 2 pessoas em macas, praticamente desacordadas, e umas outras 3 com nariz sangrando muito. Isso me abalou muito, ecomecei ter minhas duvidas se conseguiria chegar no cume bem. Depois de 5 horas e 12km de caminhada, chegamos em Homboro Hut a 3700 m, nosso local de pernoite, e o tempo estava pessimo,tudo encoberto de nuvens e a neblina era tanta, que nao dava para ver nada alem de 10 metros a sua frente. Depois do cha com amendoim torrado, saimos para nossa, agora tradicional, caminhada de aclimatacao, subimos ate os 4000 m, numlugar denominadao Zebras Rocks, ou Pedras de Zebras. Para nossa surpresa, o tempo abriu, e pudemos avistar as pedras, que sao belissimas, (riscadas devido a uma substancia quimica da larva vulcanica, que naoentendemos bem qual e' e o porque, pois o ingles do William, nosso guia, as vezes falha) e o Mone Mawenzi que fica bem ao lado do Kilimanjaro . Voltamos todos animados para o alojamento, e entao, jantar e cama. Sem banho hoje tambem.

Diario de um Trekking - Kilimanjaro - Primeiro Dia

Hoje levantamos cedo, por volta das 5:45h,acordados pelo enorme e barulhento grupo de canadenses que estao aqui no hotel(todos com mais de40 anos, mas parecem adolescentes em nenhuma nocao...), e logo pensei: " Espero que eles vao por outra rota,ou nao dormiremos durante todo o trekking!".
Tomamos o cafe-da-manha, juntamente com outros que comecariam a trilha junto com a gente, o Luke, um
austarlaino muito divertido e o Wim, um belga que veio resolverum caso de 3 anos atras, quando estava perto do cume e teve intoxicacao alimentar.
Depois de resolvidos os ultimos detalhes de mochilas e equipamentos, entramos na van que nos levaria a entrada do parque pela rota Marangu, foram 1hora e 20 minutos de viagem.
Na portaria, fizemos os devidos registros e comecamos a caminhada. Todos muito animados e falantes.
Foram 3 horas e quarenta de caminhada, toda dentro da floresta tropical, bem parecida com aquela subidinha (ou descidinha) chata para a Pedra do Sino na Serra dos Orgaos (lembra Carol????).
No fim da caminhada a chuva veio nos recepcionar, e chegamos bem m0lhados ao alojamento Mandara Hut, que fica a 2700m. Feitas as devidas burocracias, deixamos nossas coisas no pequeno chale, para 4 pessoas, eu, Julio, Luke e Wim, e fomospara o refeitorio para um cha com pipoca.
Quando a chuva deu uma tregua, la pelas 16 horas, fizemos uma pequena caminhada, que ajuda muito na aclimatacao (subir um pouco, ficar um tempo mais alto e depois descer, ajuda o corpo a se acostumar com a altitude). No caminho avistamos um macaco belissimo de pelagem longa branca e preta, chamado Colobus, que esta ameacado de extincao.
Voltamos para o Mandara, depois d euns 45 minutos, nada de banho por aqui, jantamos e fomos tentar dormir.