Obs.: Esta postagem é especial para a Miriam e Humberto Falce.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Mongólia - Cavalgada
Esqueci de comentar sobre nossas cavalgadas com as famílias.
A Mongólia é considerada um dos melhores países para se cavalgar devido às vastas planícies. Os mongóis praticamente inventaram a montaria e aqui ainda existe a única espécie de cavalos selvagens do mundo.
Mas apesar de todos os pontos posivitos para os traslado à cavalo, tem os negativos, que influenciaram muito nos nossos passeios:
Os cavalos são pequenos, as selas são duras (os mongóis usam selas de madeira adornadas com distintivos de prata, para os turistas, eles colocam um estofamento, que não é lá grandes coisas), não dá para regular o estribo e os cavalos não são tão domesticados como no Brasil, eles apenas trotam, o que é muito desconfortável. Para o Julio então nem se fala. Nossa amiga Courtney morreu de ir, dizendo que ele parecia o Sancho Pança, naquele cavalinho
Mongólia – 3 dias com famílias nômades
A experiência como um todo foi bem legal. Deu para ver como é dura a vida aqui, com condições tão extremas, e que a gente reclama de boca cheia, enquanto esse povo vive num frio de – 30 graus, sem nenhum saneamento básico (não tem nem banheiro), longe de qualquer calefação, fonte de água limpa, terra arável, comendo basicamente carne seca e leite e seus derivados. Não tem médico, nem igreja,não tem nem mercadinho, muito menos assistência social. E eles são bastante felizes e orgulhosos do que eles são e de onde vieram. os filhos vão para a cidade estudar, alguns completam somente o ginásio, muitos vão para a universidade, e um grande número retorna para viver como nômade após este período de estudos.
Estes 3 dias não foram fáceis, mas pelo menos a gente se divertiu :)
Nossos amigos Courtney e Fabrice continuarão lá por mais 3 dias.
Mongólia – 3 dias com famílias nômades – Terceiro Dia
No terceiro dia, acordamos, tomamos café-da-manhã, e resolvemos voltar para Ulaanbaatar um pouco mais cedo do que o previsto. A idéia era dormir mais uma noite com uma terceira família, mas como a paisagem não mudaria muito e estávamos meio cansados da comida, do frio e da sujeira, e ainda tinha algumas coisas que queríamos fazer na capital, pedimos para a Battsagan ligar para a responsável pelo projeto e adiantar nosso ônibus de volta.
Mongólia – 3 dias com famílias nômades – Segundo Dia
Começamos o dia com neve e o café-da- manhã preparado pela Dulamsuren .
Depois do café, seguimos para o Ger da segunda família, a idéia inicial era ir de cavalo, mas como estava nevando, o Sr. Byambatogtoh nos levou em seu carro.
A segunda família era do sr. Idertsog, sua esposa Battsagan e sua mãe Emee (que significa avó), as crianças moram na escola, a mais velha em Ulaanbaatar e o menino mais novo em um vilarejo próximo.
O sr. Idertsog, além de pastor é guarda ambiental das montanhas próximas.
O tradicional chá foi servido em nossa chegada, e depois o almoço, desta vez foi batata com bucho de bode, nem preciso dizer a delícia que estava.
Após o almoço fomos à cavalo até umas dunas de areia e um lago. A paisagem era belíssima .
A noite foi especialmente fria, mas desta vez havia fogo em nosso Ger.
Mongólia – 3 dias com famílias nômades – Primeiro Dia
Aqui na Mongólia resolvemos fazer uma passeio diferente do que estamos acostumados. Fizemos um tour, desenvolvido por um projeto social, para ver como é a vida dos nômades mongóis.
O local que escolhemos visitar não era turístico, mas a paisagem muito bonita e ficava à 300 quilômetros de Ulaanbaatar, assim não precisamos passar muito tempo em traslados. outro fator interessante é que não tivemos um guia, erámos nós e as famílias, que não falavam inglês, para facilitar a comunicação, o pessoal do projeto deu uma super aula de 20 minutos de mongol e uma guia com frases e palavras importantes.
Nesta “expedição”, além de nós dois, tivemos a companhia estadounidense Courtney e do francês Fabrice, que aliás, foram 2 excelentes companhias ( Thank you, guys!!!).
No primeiro dia chegamos no Ger do Sr. Byambatogtoh, a sua esposa Dulamsuren nos recepcionou com um chá de leite salgado (detalhe, leite de égua), que não é tão ruim quanto parece, mas longe de ser gostoso, e um pote com biscoitos e queijos secos muito duros de cabra (eu não gostei, os outros até que gostaram) e balas. .
Assistimos a família a tirar leite das éguas, almoçamos (macarrão com batata e carne, com bastante gordura).
E depois fizemos um passeio à cavalo, até o local de adoração ao Buda, no pés das montanhas.
Após o passeio jantar e cama, nós dormimos em um Ger separado do da família, que não tinha o fogão, assim a noite foi bem fria (menos de zero).