"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

domingo, 6 de novembro de 2011

Caxemira – ‘O caso da compra da Pashmina’

Srinagar é uma cidade meio estranha, primeiro porque as pessoas de lá não são muito amigáveis, depois porque a presença de um exército altamente armado é constante. Desde que cheguei lá me senti meio acuada, sempre com algum receio, mas mesmo assim insisti em comprar uma pashmina original de um produtor local. Assim, pedi para um funcionário do nosso hotel barco nos levar há um bom local para a tal compra.

Ele, infelizmente esqueci o nome deste senhor muito simpático e falante, aceitou a missão e pedi para seguí-lo e foi aí que a ‘aventura’ começou.

Pegamos um barco, atravessamos o lago, desembarcamos, seguimos a pé pela rua, cruzamos uma avenida, uma parque, abrimos um portão, atravessamos um jardim (magnífico por sinal, acho que eu já havia comentado sobre as flores da Caxemira) e chagemos a uma varanda.

Nosso guia retirou os sapatos e entro na casa, falou alguma coisa com algumas pessoas e nos chamou.

Ficamos um pouco receosos de entrar em algum lugar que nem sabíamos o que era, então hesitamos. Mas o guia voltou a nos chamar, então retiramos os sapatos e entramos.

Era uma casa de uma família mulçumana super tradicional, mulheres, que estavam a vontade sem o véu, começaram a gritar e a correr pela casa. O Julio não sabia onde enfiar a cara, pois todo aquele alvoroço era por causa dele. Achamos o guia aos pés de uma escada, conversando com um jovem mulçumano típico.

Eles começaram a subir a escada, uns 4 andares. Fui ficando com medo. Chegaram a uma porta toda acorrentada com enormes cadeados. Meu coração ia saindo pela boca. Eles abriram todos os cadeados e tiraram as correntes. Abriram a porta e era uma sala completamente escura. Comecei a querer voltar. Julio tentou me acalmar sem muito sucesso. O jovem mulçumano começou a mexer em umas chaves de energia. As luzes se acenderam…

A sala estava repleta de pashminas, tecidos e tapetes, maravilhosos. Nunca tinha visto nada parecido. Recebemos uma aula sobre como reconhecer um tapete de seda de verdade e um sintético, mesmo avisando que não iríamos comprá-los, pois faziam questào de que nunca seríamos enganados.

A escolha da pashmina foi difícil, mas olha ela aí:

Voc15 348

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