"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

sábado, 22 de janeiro de 2011

México – História Resumida - Parte I – Antigas Civilizações

Existem indícios humanos de 20 mil anos antes de Cristo, mas foi só em 6500 AC que as primeiras formas de agriculturas foram criadas, e em 2300 AC a produção de cerâmicas já era bastante intensa.

A Civilização Olmec floresceu por volta de 1200 AC. Eles consolidaram o poder em várias chefias que estabeleceram a sua capital perto da costa no sudeste de Veracruz. A influência olmeca estendeu-se por todo o México, América Central e ao longo do Golfo do México. Dirigiram o pensamento de muitos povos na direção de um novo modo de governo, templos-pirâmide, escrita, astronômia, arte, matemática, econômia e religião. Os seus êxitos preparariam o caminho para a grandeza tardia da civilização maia no oriente, e das civilizações do México central e ocidental.

O declínio dos olmecas resultou num vazio de poder no México. Deste vazio emergiu Teotihuacan, inicialmente colonizada em 300 a.C. Em 150, Teotihuacan já era a primeira verdadeira metrópole do que agora se designa por América do Norte. Teotihuacan estabeleceu uma nova ordem política e econômica nunca antes vista no México. A sua influência estendia-se por todo o México até à América Central, fundando novas dinastias nas cidades Maias de Tikal, Copán e Kaminaljuyú. A influência de Teotihuacan sobre a civilização maia não pode ser subestimada: transformou o poder político, manifestações artísticas e a natureza da econômia. Na cidade de Teotihuacan propriamente dita vivia uma população cosmopolita. A maioria das etnias regionais do México encontravam-se representadas na cidade. Tratava-se de uma cidade cuja arquitetura monumental refletia uma nova era na civilização mexicana.

Contemporânea da grandeza de Teotihuacan foi a grandeza da Civilização Maia. No período entre 250 e 650 assistiu-se a várias conquistas civilizacionais dos maias. Apesar das muitas cidades-estado maias nunca terem atingido uma união política da mesma ordem de grandeza da conseguida pelas civilizações do México Central, elas exerceram uma tremenda influência intelectual sobre o México e América Central. Algumas das cidades mais elaboradas do continente foram construídas pelos maias, com inovações nos campos da matemática,astronômia e escrita que viriam a constituir o ponto mais alto dos feitos científicos do México antigo.

Tal como Teotihuacan, também a Civilização Tolteca emergiu de um vazio de poder, tendo tomado as rédeas do poder político no México a partir do ano 700. Eles fundiram a sua orgulhosa cultura do deserto com a poderosa cultura civilizada de Teotihuacan. Esta nova cultura daria origem a um novo império no México. O império tolteca estender-se-ia até à América Central, a sul e a norte até à cultura anasazi, no sudoeste dos Estados Unidos da América. Os toltecas estabeleceram uma próspera rota de comércio de turquesa com a civilização setentrional de Pueblo Bonito, no que hoje é o Novo México. O sistema político dos toltecas era tão influente, que todas as importantes dinastias maias reclamariam mais tarde ter ascendência tolteca. De fato, seria esta apreciada linhagem tolteca a preparar o caminho para a última grande civilização indígena do México.

Com o declínio da Civilização Tolteca ocorreu a fragmentação política no Vale do México. Neste novo jogo político de sucessão ao trono apareceram os mexica. Através de astuciosas manobras políticas e ferozes capacidades de luta, conseguiram um verdadeiro feito: tornaram-se governantes do México liderando a Tripla Aliança (que incluía duas outras cidades astecas, Texcoco e Tlacopan).

Em 1400 os mexicas governavam grande parte do México central. No seu auge, 100 000 mexica presidiam a um rico império que contava com cerca de 10 milhões de pessoas.

O nome moderno México tem a sua origem no nome do grupo dominante da Tripla Aliança Asteca, os Mexicas. O termo asteca não é um nome, sendo uma invenção de um inglês (Lord Kinsborough) e de um euro-americano de nome William Prescott. Os verdadeiros nomes utilizados pelos indígenas eram nahua ou mexica. Nem mesmo os espanhóis lhes chamavam astecas. (Ainda que asteca não fosse usado pelos mexicas, é derivado da sua língua, o nahuatl, referindo-se à sua terra natal no norte, Aztlan).

Entre eles, a educação era obrigatória para os homens, independentemente da sua classe social.A sua capital, Tenochtitlan, estava situada na zona da moderna Cidade do México. Em 1519 a capital dos mexicas era a maior cidade da América com uma população que rondava os 100 000 habitantes (em jeito de comparação, em 1519 Londres tinha 80 000 habitantes e Paris tinha 250 000).

Os mexicas deixaram uma marca profunda e duradoura na cultura mexicana perceptível ainda hoje. Muito do que é considerado como cultura mexicana deriva desta civilização mexica: topónimos, gastronomia, arte, vestuário, simbologia e mesmo a identidade mexicana que a ela foi buscar o nome.

Durante grande parte da sua história, a maioria da população mexicana teve um modo de vida urbano: cidades, vilas e aldeias. Apenas uma fração da população era tribal e nômade. A maioria das pessoas vivia em povoamentos permanentes, baseados na agricultura e identificados com uma cultura urbana, em oposição a uma cultura tribal. O México é desde há muito uma terra urbana, fato graficamente refletido nos escritos dos espanhóis que os encontraram.

 

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