"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Indonésia - História

Encontram-se vestígios no arquipélago indonésio que indiciam a presença humana desde o período Neolítico, embora o conhecimento preciso da história da Indonésia remonte ao princípio da Era Cristã, altura em que se iniciou o relacionamento comercial entre os diferentes reinos do arquipélago com a China e a Índia; relacionamento esse que abriu as portas às influências hinduístas e budistas. Mais tarde, com a chegada de navegadores árabes provenientes do Omã e Índia, o islamismo chegou ao arquipélago, por volta do Século X, e com ele, a expansão do Ummah Islâmico. Quando o califado passou para as mãos dos Otomanos, foi iniciado uma grande troca cultural entre as duas partes do oceano Índico e entre o Atlântico e o distante oceano Pacífico. Com a derrota dos safávidas em Tabriz e a aliança com os Mogulsna Índia, os otomanos abriram as portas para o extremo oriente, e as fecharam diante do ocidente.

O bloqueio comercial otomano provocou uma incansável busca por um caminho para as terras onde eram produzidas as especiarias. Quando os europeus ali chegaram em princípios do século XVI (em 1511, Francisco Serrão juntamente com António de Abreu chegam as Ilhas Molucas), e começaram a lutar contra os diversos sultanatos islâmicos(coisa que encaravam quase que como uma cruzada, uma vez que tais sultanatos eram submetidos economicamente e culturalmente, apesar da imensa distância, ao califado otomano) na sua vontade de monopolizar o comércio das especiarias. Após a morte do Solimão (momento em que o califado acabou dividido em 3), o caminho ficou livre para a Companhia Holandesa das Índias Orientais conseguir estabelecer-se na região, sediando o seu domínio em Batávia (atual Jacarta). A colonização holandesa, que só se completou no final do século XVII, começou a ser posta em causa a partir de 1927, com a formação do Partido Nacionalista Indonésio, liderado por Sukarno.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Holanda, que foi ocupada pela Alemanha, perdeu a sua colônia para os japoneses. Com o fim da guerra, Sukarno, que tinha cooperado com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os aliados apoiaram o exército holandês a tentar recuperar sua colônia. A guerra pela independência, denominada Revolução Nacional Indonésia, durou 4 anos e, sob pressão internacional, a Holanda foi forçada a reconhecer o novo país.

Nos anos 50 e 60, Sukarno alinhou pelo socialismo e entrou em guerra com a Malásia.

O golpe de Estado do general Suharto, apoiado pelos Estados Unidos e seus aliados, derrubou o governo do líder populista Sukarno em 1965, sob o pretexto de deter o avanço comunista. Foi um banho de sangue que vitimou mail de 500 mil de indonésios supostamente comunistas. De caráter agressivo, militarista e essencialmente corrupto, a ditadura de Suharto promoveu a repressão e a opressão da população. Reforçou, também, a centralização política e o expansionismo. Assim, poderiam impedir a diversidade existente no país e reforçar as tensões autônomas opositoras à constituição de uma "Grande Indonésia". Com isso, houve conflitos autônomos nas ilhas Molucas, em Sumatra, na Nova Guiné, em Celebes e Bornéu, fronteiriços com a Malásia e Papua-Nova Guiné.

A Indonésia ambicionava anexar a parte oriental da ilha de Timor, embora afirmasse reconhecer o domínio português.

Suharto foi reeleito 5 vezes e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a crise econômica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a renunciar e entregou o poder ao seu Vice-Presidente, B. J. Habibie. No entanto, nas eleições de 1999, Habibie perdeu-as para Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu partido político por Abdurrahman Wahid. A crise de Timor-Leste virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições diretas, foi eleito o presidente, Susilo Bambang Yudhoyono.

A 26 de Dezembro desse mesmo ano, uma catástrofe natural abalou o país. Nesse dia, registou-se o maior terramoto dos últimos tempos (8,9 graus da escala de Richter) com epicentro ao largo da ilha indonésia de Sumatra. Este sismo originou maremotos que assolaram a costa de vários países do sudeste asiático, como o Sri Lanka (o mais afetado), seguido da própria Indonésia, Índia, Tailândia, Malásia, Maldivas e Bangladesh, tendo provocado milhares de mortos e de desalojados.

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