"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

sábado, 10 de julho de 2010

Minha Indonésia (ou Minhas Indonésias)

Tenho que confessar que a Indonésia me cativou, e muito. E para mim, foi um dos pontos altos desta viagem, quase se empatando com o Nepal (mas ele sempre será o primeirão da lista).
É claro que a gente não conseguiu ver nem metade das ilhas (na verdade ficamos muito longe da metade), e mesmo que ficássemos 3 meses aqui, não seriam suficientes para fazer tudo o que eu gostaria.
Um país extremamente pobre, a 4a. maior população do planeta, a maior população islâmica (bem moderados, quase não se vê mulheres usando véu), onde tudo funciona no mais ou menos, 30% de desemprego, infraestrutura básica só em locais turísticos (e olha lá…), e muitos outros fatores que tornam o país um pouco mais cansativo de se viajar do que a maioria, principalmente após 10 meses de estrada.
O transporte público é uma loucura. No início de nossa estada aqui, comentamos com o Jerry, que tínhamos a intenção de utilizar somente transporte público, ele riu e disse que era terrível, nós respondemos que não poderia ser pior do que o do Nepal. Mas ele tinha razão, é pior do que no Nepal (sempre pode piorar…), os ônibus são super lotados, sem restrição ao cigarro, e o povo fuma muito (lembram do Gudang Garam, aquele cigarro de cravo super fedido, então é daqui), e todas as paradas, entram um milhão de vendedores (de ovo cozido a enciclopédia), pedintes, e o mais engraçado de todos são os cantores, que geralmente trabalham em duplas ou trios, com violão e um tamborzinho, cantam umas músicas, super desafinados, e depois passam o chapéu (que aqui é sempre uma embalagem de salgadinho vazia). É claro que a gente morreu de rir no começo, mas depois o cheiro de cigarro pegou, e passamos a adotar os transportes turísticos privados, um pouco mais caros, mas menos estressante.
O país é incrivelmente bonito, com praias e vulcões em todos os cantos (para o JH que adora vulcões foi um prato cheio).
Acho legal fazer uma análise separada de cada ilhas, pois elas possuem características bastantes distintas (apesar do transporte público ser igual em todas :)).
Ilha de Java
É a principal zona econômica do país. Ilha mais povoada, tem gente para todo lado. É onde a pobreza é mais evidente (ou chocante, pois a pobreza urbana é muito mais agressiva do que a rural, para mim).
Os vulcões e praias são maravilhosos, e tirando as cidades que são feias e sujas, o interior e as estradas são lindos, extremamente verde tropicais.
O povo é super simpático. A cultura é rica. Acomodações simples, mas em pousadinhas administradas por uma família, o que te faz sentir em casa, sempre. Comida mais ou menos (mais para menos). Tudo bem barato.
Ilha de Bali
Super turística. Escolhemos conhecer Lembongam, por não ser uma atração turítica e valeu a pena. Ubud já é bem mais visitado, e tudo funciona em favor dos estrangeiros, mas é bem legal também.
A Ilha toda é lindíssima, a mata tropical se mistura com os inúmeros templos, praias de areia branca e água turqueza. Cultura extremamente rica. Hotéis relativamente bons. Comida boa. Preço mais elevados.
Ilha de Lombok
Super Rústica, excluindo Gili Trawangan, que é bem turística, o resto é bem rural, as pessoas vivem do BBC Indonésio (banana, bambu e coco) e do Café.
Magníficamente bonita. Hotéis muito simples, comida simples, mas gostosa. Preços baixos, com exceção de Gili

2 comentários:

  1. Falta pouco para o regresso de voces.
    Estou curtindo a viagem , e já estou na expectativa da volta. Pois falta pouco para o final e a saudade aumenta.
    Ci e JH que DEUS continue protegendo voces.
    BJIS. CRISTINA.

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  2. ririri, gostei do BBC Indonêsio! Ma, se é para comer, deve ser coco, né?
    Um beijo,
    Diana

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