"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Líbano – Hezbollah: O “Partido de Deus”

Em Baalbek, não posso deixar de comentar sobre o Hezbollah, uma vez que a presença deste partido é muito forte nesta região.Por toda a cidade, se encontram bandeiras 040 Líbano - Baalbek - Hezbollah039 Líbano - Baalbek - Hezbollah, camisetas a venda e fotos de seus principais dirigentes.

O Hezbollah surgiu inicialmente como uma milícia, em resposta à invasão israelense do Líbano de 1982, e continuou a resistir contra a ocupação israelense por toda a Guerra Civil Libanesa.

É considerado um movimento de resistência legítimo por todo o mundo islâmico e árabe.O manifesto de 1985 listava suas três metas principais como "colocar um fim a qualquer entidade colonialista" no Líbano, levar os Falangistas à justiça "pelos crimes que perpetraram", e estabelecer um regime islâmico no país. Recentemente, no entanto, o partido vem fazendo poucas menções a respeito da fundação de um Estado islâmico, e não tem mais feito alianças seguindo tendências religiosas. Os líderes do partido são responsáveis, no entanto, por diversas declarações pedindo pela destruição do Estado de Israel, ao qual se referem como a "entidade sionista", "construída sobre terras arrancadas das mãos de seus proprietários."

O partido já se transformou numa organização que tem assentos no parlamento libanês, uma rádio e uma estação de televisão via satélite, além de diversos programas de desenvolvimento social. Mantém um forte apoio entre a população xiita do Líbano, e conquistou algum apoio entre o resto da população do país, incluindo sunitas, drusos e cristãos, na sequência da Guerra do Líbano de 2006, e conseguiu mobilizar protestos de centenas de milhares de pessoas. Juntamente com outros grupos políticos do país, iniciou os protestos políticos do Líbano de 2006-2008, em oposição ao governo do primeiro-ministro Fuad Siniora.

Desenvolve também uma série de atividades em cinco áreas: ajuda a familiares de mártires, saúde, educação religiosa xiita, reconstrução e agricultura.

Conta com cinco hospitais, 43 clínicas e duas escolas de enfermagem. Segundo a ONU, ao menos 220 mil pessoas em 130 cidades libanesas se tratam nesses locais. Possui ainda,  12 escolas com sete mil alunos e setecentos professores e centros culturais franceses que auxiliam no aperfeiçoamento do corpo docente.

Na reconstrução, existe uma instituição exclusiva para reparar danos causados por ataques israelenses, enquanto que na agricultura, engenheiros agrônomos formados em Beirute, na Síria, no Irã e na Alemanha, desenvolvem projetos agrícolas para garantir a base da economia de subsistência do sul do país.

O grupo, no entanto, é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Argentina, Israel, Canadá e Países Baixos. O Reino Unido colocou a sua ala militar na lista de organizações terroristas banidas no país, enquanto a Austrália considera parte de sua estrutura militar, a Organização de Segurança Externa, uma organização terrorista.

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